A vida e suas estradas embaraçosas.
Sempre isso. Nunca irá mudar.
E quanto tempo isso dura? Perguntei-me. E isso se cura?
Ei rapaz me ligue hoje a noite quero te contar o que fiz no meu dia hoje.
Espero que o dia acabe e eu esteja bem.
Quero dormir mais estou sem sono.
Ainda é cedo o relógio mal parou os seus ponteiros no número doze.
Não tenho no que pensar pra começar a viajar e pegar no sono do nada.
Sabe sonhar? Vamos comigo pra onde quiser, venha assim que puder.
Não tenho compromisso, sabemos disso então vem que eu te ensino a
fazer o sol brilhar dentro de um olhar que espera tanto tempo pela luz dos teus olhos pra poder a vida começar a fazer algum sentido...
Hoje vejo cores, e quantas flores esse mundo tem.
Hoje tenho mais amores mais não tenho ainda ninguém pra me abraçar
quando ouço um o trovão, quase morro de medo mais fico tranquila em meio a solidão.
Eu esqueci que estava esperando você me ligar, e resolvi mexer meus dedos
sobre as teclas do telefone pra escutar sua voz.
Triste meu semblante ficou quando me lembrei que ontem peguei uma chuva no caminho de volta pra casa e Fiquei ensopada.
Antes que pergunte e daí, eu te digo que seu número estava
anotado no papel que estava dentro do meu bolso do meu jeans surrado e sobrou apenas o número sete.
É uma pena os números serem infinitos, mas a vontade era tanta que eu até poderia combinar os números de oito em oito só pra tentar chegar até o seu.
Fui na cozinha bebi um copo de água e sai rua a fora.
Vou para esquerda, depois viro a direita e deixe-me vê se me lembro.
Sai numa rua larga de mão única seguindo contra mão aos carros.
Me lembrei do prédio verde naquele dia em que vínhamos
pelas ruas rindo e cantarolando.
Eu fiquei te aguardando descer pelo elevador, eu me lembro que passamos no seu apartamento só pra buscar aquele CD daquela tal banda que você adora e eu fingia que também gostava só pra dizer que tínhamos algo em comum.
Nem me lembro o numero do seu apartamento mas fico imaginando como seria se estivéssemos lá dentro.
Juntos ao peitoril da janela imaginávamos formas nas nuvens feito
dois cartunistas de nuvens brancas e cheias de luz.
Contávamos historias um para o outro, enquanto olhávamos para o céu.
Queria poder me dividir em duas só pra vê aquele momento de longe...
Pra poder apreciar e ver como é bonito ver nós dois juntos outra vez.
Sua blusa era preta e eu me lembro vagamente do copo de vidro de um liquido marrom parecendo ser café.
E era café, pois entre eu e você pairava o cheiro delicioso de café fresco e quente.
Eu estava de vestido florido e de chinelo pra eu me sentir mais a vontade.
Depois dali, caminhei até minha com o sorriso maior do que meu próprio rosto.
Eu estava muito feliz...
Despertei pra uma nova paixão, mas acordar pra realidade
era quase que me deixar infeliz.
Mas agora estou legal, não sei realmente o que é pior.
Viver sonhando ou viver acordando de um sonho que não quer virar realidade.
Essas lembranças fantasiosas...
Como se pode lembrar daquilo que nunca foi vivido?
Será possível sentir falta de algo que não é seu ?
Existem mais de mil perguntas, para inúmeras respostas.
Por que será que o céu é azul, o mar é imenso e o universo é sem fim?
E tudo acaba sempre assim... muitas perguntas e lembranças que parecem reais, mas nunca foram vividas.
E é sempre essa ''surrealidade'' sem fim.