Anjo, tira essa blusa e vem deitar nesse espaço vazio ao meu lado.
Eu ficava imaginando como seria estar envolvida em seus braços.
Imaginava como seria encostar a cabeça no teu peito pra aliviar toda dor que me sufoca.
Eu te dei pedradas e você me veio com um sorriso lindo e cativante.
Olhei pro seu rosto e vi que grande estrago eu causei.
Uma folha em branco, mais uma página do meu livro de histórias
em quadrinho do qual eu faço coleção.
O rascunho de uma história eu quis apagar e apaguei.
Agora a página é só mais uma em branco.
Podemos até apagar e apenas fingir que esqueceu.
Um dia eu abri meu livro e decidi desenhar por cima e escrever uma nova história.
Percebi que ainda existia a sombra da minha última tentativa naquele papel.
Impossível apagar por completo o que já foi feito.
Hoje eu cuidaderei das pedradas que te dei.
E se eu pudesse beija-las uma a uma e fazer com que todas as marcas sumam?
Seria quase impossível, talvez eu devesse tentar.
Outra vez eu passei pela aquela estrada.
Perdi as contas de quantas vezes passei ali só pra ve se esbarrava com você outra vez.
Resolvi sentar no meio fio a sua espera.
Eram seis e sete da noite.
Eu viajei olhando pro meu próprio reflexo pelo vidro do meu relógio.
Vi minha cara de espectativa cheia de aflição.
Vocês estava lá.
Sempre esteve.
Era tão perfeito que pensei que fosse miragem.
Sempre que eu quiser te ver eu vou fechar meus olhos.
Nunca será tarde demais pra nós.
Senta aqui, hoje vou te contar como me apaixonei mais uma vez por você.
E é sempre assim...
Você é jovem até não ser mais.
Você ama até não amar mais.
Você tenta até não poder mais.
Você ri até chorar.
Você chora até rir.
E todo mundo deve respirar
Até o último suspiro.
Você ama até não amar mais.
Você tenta até não poder mais.
Você ri até chorar.
Você chora até rir.
E todo mundo deve respirar
Até o último suspiro.
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