Chuvas de Verão


Era pra ser só mais um dia de chuva . Olhando daqui, desta janela com grades foi que começei a interpretar as chuvas e suas gotículas e enfi desvendei um mistério. Observo atentamente a chuva cair sobre o telhado de alumínio que é quente quando bate o sol. A chuva cai, mas antes ela avisa com um vento, ou com seu perfume, aquele que tem cheiro de mato, ou aquele que tem cheiro de terra molhada. Suas gotas caem, caem, e como caem do céu. Deslizam sobre o chão ou sobre os telhados das casas onde existem pessoas e pessoas, de diferentes classes e raças e com seus problemas distintos. A chuva cai desesperada e corre ainda mais rápido sobre o asfalto sujo. Existem gotas que caem e se unem as outras formando poças, outras caem e permanecem só sendo apenas uma simples gota no chão que será absorvida rapidamente pelo solo quente. As gotas que se unem formando poças demoram a serem absorvidas pelo solo de pouco em pouco desaparecem. As gostas que caem e permanecem sozinhas, são absorvida pelo solo mais rápido ainda sendo apenas uma triste gota a desaparecer despercebida. Hoje é mais um dia de chuva, mas hoje a chuva cai lentamente. Caem como se estivessem sem pressa de escorregar pelos telhados das casas e sem pressa de serem absorvidas pelo solo. Caem devagar para molhar as plantas, refrigerar o ar, acabar com as secas e molhar a pele suada de alguém que tanto clamou por um dia de chuva nesses dias de tanto calor e alvoroço. Logo elas também desaparecem. Mas não sendo apenas uma simples chuva. Sendo sim, a chuva de verão que nunca passa por despercebida.


*Reflitam*

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